Literatura e vida profissional: “Ninguém sai do mesmo jeito”

No último dia 19 de setembro, o Valor Econômico publicou uma reportagem sobre o impacto das humanidades na prática médica, e nosso professor convidado Dante Gallian foi um dos entrevistados. O texto mostra como a leitura atenta de obras clássicas da literatura tem levado médicas e médicos a trabalhar de maneira mais humanizada.

Dante, um dos pioneiros desse trabalho de humanização, afirma que, após a leitura orientada, “os médicos têm uma escuta mais atenta e passam a ver seus pacientes com uma perspectiva mais ampla. Ninguém sai do mesmo jeito.” Ele fala ainda de como esse mesmo método – desenvolvido em suas aulas no Laboratório de Leitura da UNIFESP – vem sendo aplicado com sucesso em ambientes corporativos, como no caso da farmacêutica Adium.

O motivo do sucesso é o poder humanizador dos clássicos: eles nos dão um conhecimento que vai além da técnica e toca aquilo que nos faz humanos. A literatura nos provoca, amplia o olhar e nos torna mais empáticos.

A experiência do CEHDI mostra que a literatura nos ajuda a perceber não apenas o conteúdo frio do que temos diante de nós, mas também o tom e o contexto. Ao lidar com personagens e conflitos complexos, líderes ampliam repertório para conversas difíceis, revisão de prioridades e tomada de decisão em meio a incertezas. Não se trata de “adquirir cultura”, mas de treinar imaginação moral e entender que só dados não bastam.

Você pode viver essa experiência profundamente humanizante participando da próxima edição do nosso programa Grandes Obras, em que leremos e discutiremos trechos emblemáticos de Os Irmãos Karamázov, de Dostoiévski. Para saber mais e inscrever-se: cehdi.org.br/karamazov.